O mercado financeiro, com seu enorme fluxo de transações, tornou-se um dos principais pontos de ataque cibernético. Diante desse cenário, as instituições usam a Inteligência Artificial (IA) como uma das estratégias para detecção de fraudes financeiras. Além disso, a IA auxilia na identificação de outros riscos e no bloqueio de ciberameaças aos sistemas.
As empresas do setor financeiro armazenam diversos dados sensíveis, como documentos de identificação, dados de contato e números de cartões – informações valiosas para quem aplica golpes. Portanto, elas precisam de uma estrutura robusta de cibersegurança para evitar os ataques. A seguir, veja exemplos de ameaças e como a Inteligência Artificial pode ajudar a combatê-las.
3 ameaças à cibersegurança de instituições financeiras
Para acompanhar a demanda acelerada dos consumidores por serviços digitais, estabelecimentos financeiros embarcaram em uma corrida pela digitalização de seus processos. Contudo, a pressa em inovar, em muitos casos, acabou por negligenciar a implementação de estratégias de cibersegurança. Essa lacuna abriu caminho para vulnerabilidades que os cibercriminosos não hesitaram em explorar. Veja as principais logo abaixo:
1. Malware e Ransomware
Malwares: os veteranos da sabotagem digital nunca saem de moda. Infiltrando-se em sistemas há décadas, continuam a ser ferramentas eficazes para os hackers, seja para invadir sistemas, roubar dados confidenciais, paralisar operações ou causar danos irreversíveis.
Enquanto isso, os ransomwares surgiram como sequestradores digitais na última década. Com métodos cada vez mais sofisticados, criptografam dados preciosos e exigem resgates exorbitantes para devolvê-los. A tendência assustadora do “Ransomware-as-a-Service” (RaaS) agrava o cenário, transformando a extorsão digital em um serviço acessível a qualquer aspirante a cibercriminoso.
2. Ataque de Negação de Serviço (DDoS)
Imagine a invasão digital de um banco, sobrecarregando seus sistemas com um volume colossal de acessos falsos. Essa é a estratégia devastadora dos ataques DDoS: servidores e redes inteiras são bombardeados por tráfego ilegítimo, levando-os ao colapso.
O resultado? Serviços essenciais ficam inacessíveis para clientes legítimos, operações financeiras são congeladas e a reputação da instituição é manchada. Enquanto o caos reina, os cibercriminosos podem aproveitar a brecha com o objetivo de invadir sistemas desprotegidos e saquear dados confidenciais.
3. Vulnerabilidades em Aplicações
A popularização dos aplicativos bancários, embora tenha tornado a vida do consumidor mais prática, trouxe consigo um desafio de segurança para as instituições financeiras. Acomodar o volume gigantesco de acessos, sem comprometer a agilidade e a experiência do usuário, exige uma mudança de paradigma na forma como a segurança é pensada.
Não basta proteger apenas o perímetro: a segurança precisa ser abrangente, incorporada ao DNA dos softwares. Para blindar seus sistemas e os dados de seus clientes, as instituições precisam investir em soluções inteligentes, capazes de identificar e neutralizar brechas em tempo real.
Como a Inteligência Artificial ajuda a combater fraudes financeiras?
A IA garante o monitoramento e gestão de sistemas complexos, a fim de detectar vulnerabilidades antes que se tornem crises. Entenda mais a seguir:
Proteção de dados confidenciais
A tecnologia, apesar de trazer inúmeras vantagens, também pode ser um ponto de vulnerabilidade quando mal utilizada. Falhas humanas, acidentais ou não, abrem portas para o vazamento de dados e fraudes. É aí que a Inteligência Artificial entra para ajudar no controle do gerenciamento, monitoramento e acesso a dispositivos, especialmente os remotos. Com ela, as instituições financeiras blindam seus sistemas contra ameaças internas e externas, garantindo a segurança das informações e a robustez de suas operações.
Mapeamento de vulnerabilidades
A IA atua como um radar de alta precisão, varrendo sistemas e infraestruturas 24 horas por dia em busca de brechas ocultas. Configurações inadequadas, falhas e pontos fracos são identificados em tempo real, assim permitindo ações preventivas e correções ágeis antes que se tornem alvos fáceis para cibercriminosos.
Rápida recuperação no caso de ataques digitais
A prevenção é fundamental, mas não basta. É preciso estar pronto para agir com agilidade quando um ataque acontece. As empresas devem contar com ferramentas que possibilitem não só detectar, mas também responder a incidentes de segurança de forma rápida e eficiente.
Imagine um sistema de defesa que identifica uma invasão e, em frações de segundo, ativa medidas para isolar a ameaça, conter o ataque e restaurar a segurança, minimizando os impactos e garantindo a continuidade das operações. É a Inteligência Artificial agindo em tempo real para proteger o que é importante para os estabelecimentos e seus clientes.
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