O mercado de TI segue com enormes dificuldades em encontrar profissionais qualificados. Aliás, esse gap não tem chance de resolução rápida.
A chave para entender essa matemática é saber que o universo de TI é complexo. Imagine tentar encontrar um profissional que seja formado em administração, com experiência em vendas, vivência em medicina e conhecimento técnico em engenharia. Difícil, não é? Pois é exatamente este o cenário que acontece no mundo da TI, atualmente!
Exigências do mercado de TI
Há múltiplas linguagens exigidas, pois o mercado não pára e as tecnologias estão mudando todos os dias. Então, esses profissionais, muitas vezes, não conseguem parar para buscar atualizações.
Ivan Panício, Diretor Comercial Nacional de Alocação da Ewave do Brasil, relata que em um fluxo médio de vagas na casa de 150 postos de trabalho: 100 vagas ficam abertas por falta de gente qualificada e apenas 50 conseguem preenchimento rápido.
Quando se está trabalhando, a tendência é que este profissional não se preocupe em aprender algo novo: “Sem esta busca de um novo conhecimento, certamente o profissional perde todas as atualizações que estão chegando como no caso do SOAP Webservice from HANA. Há o risco de ficar obsoleto uma vez que diversos sistemas não terão mais suporte nos próximos anos. Se não correr atrás agora, fatalmente estará fora do mercado muito em breve” explica Ivan.
Busca em novos centros
O mundo da tecnologia já é um mundo que evolui muito rapidamente, e se paga mais por isso, porém, há um contraponto: é impossível se manter nele se não estiver acompanhando a evolução toda.
Uma pessoa encontra um bom cargo, começa a trabalhar gastando seu tempo e se esquece de buscar atualizações. Já há procura por profissionais em regiões mais afastadas dos grandes centros e dos clientes. Nos grandes centros, onde estão os empregos, as pessoas já estão bem colocadas e muitas vezes não se preocupam em novos desafios:
“O mercado já está pagando para pessoas se mudarem, com família e tudo, para trabalharem nos grandes centros. Estou falando de Norte, Nordeste, Centro Oeste e até mesmo de fora do Brasil, locais em que tem muita gente estudando e se preparando.” afirma, Panício.
Falta de tempo ou de vontade?
Sobre a carência destes profissionais nos grandes centros, Ivan entende que tanto a falta de vontade em querer aprender, quanto o tempo escasso são dois motivos fortes para este fenômeno da falta de mão de obra especializada para as empresas:
“O brasileiro não é muito disciplinado, deixa para última hora muitos detalhes e não possui uma educação financeira para pagar os cursos, que não são baratos. E inclua nisso o tempo – trabalham demais com muita pressão do mercado”.
Tudo que é demais, não emplaca, mas algumas dicas de Ivan podem ajudar quem não quer ficar obsoleto no mercado de trabalho:
1 – Guardar entre 5 e 10% do seu salário para investir nele mesmo. As máquinas são importantes para operacionalizar, mas sem uma mente criativa nada acontece.
2- Ser disciplinado no tempo. Ao ler todos os dias meia hora, um artigo ou um livro, ou participar de um curso à distância, ao final da semana esta pessoa terá muitas horas estudadas. Os benefícios são enormes.
3 – Cuidar do LinkedIn é a outra grande dica para encontrar novos jobs. A receita é bem simples: Adquiriu conhecimento? Atualize o LinkedIn!